Saiba quanto custa a família golpista que não trabalha e recebe do PL dinheiro do fundo partidário

16 de setembro de 2025, 12:35

Todo mundo sabe que a família Bolsonaro tem no Poder Público a sua única fonte de renda. O ex-presidente, a mulher, Michelle, e os filhos 01, 02, 03 e 04 sempre viveram de empregos públicos, caso de Eduardo, ou de cargos eletivos ou funções partidárias, como todos os demais.

A família é uma das que mais oneram para o pagador de impostos brasileiro. E uma parte substantiva dos recursos é destinada a sustentar o ócio dessa tribo abastada.

Eduardo Bananinha: R$ 1,2 milhão para as férias golpistas

O deputado Eduardo Bolsonaro, que está foragido nos EUA desde o início do ano, recebeu sem trabalhar em 2025 R$ 139.098,57 com o pagamento de saláriosentre janeiro e março. A Câmara informa que desde abril estão sendo efetuados descontos pelas faltas enquanto ele segue em sua campanha antipatriótica junto ao governo Trump.

Bananinha, como ele é conhecido, também recebeu R$ 12.759,00 de auxílio-moradia de janeiro a março, informa o site da Câmara Federal.

Mas as despesas do deputado golpista são muito maiores quando computadas as chamadas verbas de gabinete, utilizadas para pagar cabos eleitorais, locação de carros, compra de combustível e outras despesas de representação.

Somente este ano, Eduardo Bananinha já consumiu R$ 1.052.568,04, ou 99.52% do que tem direito, sem ter que suar a camiseta da seleção um único dia sequer. No total, o ócio do parlamentar extremista já custou 1.204.425,61 em 2025.

Gaiola de ouro

A grande fonte de renda da família Bolsonaro é o fundo partidário do PL – custeado, claro, pelo pagador de impostos. O PL, aliás, paga quase todas as contas com dinheiro desse fundo, uma vez que ingressos de outras fontes são absolutamente insignificantes.

O partido dos Bolsonaro já recebeu R$ 95.870.946,13 de janeiro a agosto. Em dezembro, a conta de 2025 deverá superar os R$ 170 milhões.

A família Bolsonaro recebe uma fração generosa desses recursos.

Michele Bolsonaro, presidente do PL Mulher, recebeu de janeiro a junho R$ 207.763,54. Atualmente, ela ganha R$ 33.873,67 por mês. Ao contrário do enteado Bananinha, a ex-primeira-dama ao menos trabalha fazendo proselitismo político e religioso pelo País, o que, para todos os efeitos, pode ser considerado uma espécie de emprego.

O aluguel da casa em que ela e o marido vivem também é custeado pelo partido desde o início de 2023, assim que Bolsonaro voltou de sua temporada na Flórida.

Na época, o PL informou que o aluguel seria de R$ 12.000,00. Corrigido pelo IPCA, o valor da locação hoje seria de R$ 13.500,00 mensais — R$ 108.000,00 entre janeiro e agosto.

O partido também arca com as despesas de condomínio e IPTU da casa do Jardim Botânico. Desde a decretação da prisão domiciliar de Bolsonaro, portanto, a residência se transformou na cela mais cara do País – uma autêntica gaiola de ouro.

Recolhido dentro dela, Jair Messias Bolsonaro segue recebendo salários pagos pelo PL de R$ 33.873,67, mesmo valor pago a Michelle. Por incrível que pareça, ele é presidente de honra( SIC) do partido, tendo recebido este ano R$ 300.928,83 até o mês de agosto.

O PSOL já ingressou com uma representação junto ao TCU questionando se o salário de Bolsonaro e o aluguel da casa podem ser custeados por dinheiro do fundo partidário.

A questão é controversa, mas, segundo o PSOL, “a natureza pública dos recursos e a sua destinação constitucionalmente vinculada às atividades partidárias impõem um dever de probidade e transparência aos dirigentes”.

A tese tem acolhida no próprio estatuto do PL que, em seu Art. 44, prevê que os filiados não podem “agir com improbidade ou má exação no exercício de cargo ou função pública ou partidária ou assumir conduta pessoal reprovável”.

A assessoria de imprensa do Diretório Nacional do PL foi consultada, mas não respondeu ao questionamento.no texto (condomínio e IPTU), o que significa que o gasto real é superior a R$ 1,93 milhão.

  • Imagem gerada em IA

Escrito por:

Fábio Pannunzio é jornalista desde 1981, vencedor de 3 Prêmios Esso e do Troféu Íris América. Atuou nas principais redes de TV do Brasil. É autor do romance-reportagem A Última Trincheira. Atualmente é âncora no ICL Notícias e CEO do HJur. Fábio tem cinco filhos, e uma neta adolescente, Ele também é piloto privado e apaixonado por aviação.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *