“Nossas equipes de abordagem social atuam em todas as regiões do DF, compostas por pessoas que já estiveram em situação de rua”, explicou o secretário-chefe da Casa Civil, Gustavo Rocha, ao apresentar dados do 2º Censo Distrital da População em Situação de Rua

Distrito Federal registrou queda de 50% no número de crianças e adolescentes em situação de rua nos últimos três anos

30 de abril de 2025, 10:45

Um número que mostra o impacto positivo de ações de acolhimento e prevenção do GDF: o número de crianças e adolescentes em situação de rua no DF caiu pela metade em três anos, representando uma queda de 50%. Esse é o dado mais relevante do 2º Censo Distrital da População em Situação de Rua, divulgado nesta terça-feira (29). A diminuição foi de 244, em 2022, para 121, em 2025.

Em 2024, por exemplo, a Secretaria de Desenvolvimento Social ampliou em cerca de 20% as vagas de acolhimento para crianças e adolescentes, com a criação da Central de Vagas, para agilizar o acesso à proteção social. O incentivo e acesso facilitado à educação também contribuiu diretamente na diminuição: em um período de 12 meses, 225 menores foram encaminhadas pelo Conselho Tutelar para matrícula ou remanejamento em escolas, após abordagem durante ações de acolhimento do Plano de Ação para a Efetivação da Política Distrital para a População em Situação de Rua, conduzida pela Casa Civil.

Segundo o GDF, as ações deixaram de ser a mera retirada das pessoas das ruas, e hoje o foco é no acolhimento. “Não basta apenas tirar da rua, é preciso oferecer apoio real. Isso envolve garantir mais acesso à educação, saúde e trabalho, para que elas tenham a chance de recomeçar e se reintegrar na sociedade de forma digna, explicou o secretário-chefe da Casa Civil, Gustavo Rocha.

Em comparação ao censo de 2022, houve um aumento de 88% nos acessos dessa população aos postos de saúde e UPAs.

·UBSs: aumentou de 36,7% para 51,7%
·UPAs e hospitais: aumentou de 20,7% para 36,9%
·CRAS: aumentou de 18,6% para 28,7%
·Centros Pop: aumento de 2,1%

O investimento do Governo no acesso aos serviços de saúde também refletiu positivamente na relatos de pessoas em situação de rua que sofrem de ansiedade ou depressão, com uma queda de 9,1%. Para relatos de dores crônicas e problemas de saúde bucal, a redução foi de 19,8 e 27,6 pontos percentuais, respectivamente.

Em 2024, equipes dos Consultórios na Rua realizaram mais de 10 mil atendimentos a pessoas em situação de vulnerabilidade social, resultado da expansão de três para sete equipes e da atuação de cerca de 70 profissionais em diversas regiões do Distrito Federal. De junho de 2024 a março de 2025, foram 16.492 atendimentos realizados pelas equipes de Consultório na Rua.

O 2º Censo Distrital da População em Situação de Rua foi conduzido pelo IPEDF, em parceria com a Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes), entre janeiro e fevereiro de 2025.

Foto: Divulgação/Casa Civil
Fonte: A partir de informações da Agência Brasília

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