
Zebrinhas saltam do Plano para levar transporte de vizinhança para regiões administrativas do DF
Quem nunca andou de zebrinha? – uma dessas marcas registras de Brasília. Claro, não estamos falando dos equídeos listrados da família dos cavalos, mas de um transporte de vizinhança que remonsta às origens da cidade. A novidade é que as zebrinhas – que desempenham nas ruas um papel inclusivo da modalidade por circular em vias estreitas e internas em geral não atendidas pelos demais coletivo – saíram das savanas do Plano Piloto pra se tornar um serviço que já atende 14 regiões administrativas do DF, oferecendo maior agilidade e praticidade para o dia a dia da população. Tanto que a frota conta com 57 veículos, distribuídos em 24 linhas, que registram total de 528 viagens por dia útil, 156 aos sábados e 54 aos domingos, ultrapassando 738 viagens durante a semana.
Com o aumento da oferta de percursos e horários, mais pessoas têm aderido ao coletivo vermelho e branco listrado, com suas frotas renovadas. Segundo a Secretaria de Transporte e Mobilidade (Semob-DF), de março para abril, houve um aumento de 26% na demanda pelo miniônibus, alcançando a média de mais de 15,6 mil usuários por dia. O sucesso é tanto que o GDF analisa a ampliação das localidades alcançadas pelos coletivos bicolores, além da expansão das linhas disponíveis.
“A proposta dos zebrinhas é suprir uma necessidade de deslocamento interno nas regiões administrativas, uma vez que o transporte de vizinhança tem o perfil mais adequado para atender determinadas áreas das cidades, permitindo deslocamentos mais rápidos e a um custo mais barato para as pessoas”, explica o secretário de Transporte e Mobilidade, Zeno Gonçalves. “Avaliamos como é o carregamento das linhas que passam nas regiões justamente para identificarmos as demandas de deslocamento interno, uma vez que o zebrinha atende a este perfil. Os primeiros 60 dias de funcionamento são experimentais para que possamos avaliar a efetividade para a população”, esclarece Gonçalves. O GDF estuda, inclusive, uma maneira de fazer a integração interna sem que seja necessário que o usuário pague R$ 5,50, podendo ter a integração por R$ 3,80, para democratizar ainda mais o acesso das pessoas às cidades.
Hoje o modal atende Águas Claras, Arniqueira, Ceilândia, Cruzeiro, Lago Sul, Paranoá, Plano Piloto, São Sebastião, Sol Nascente/Pôr do Sol, Sudoeste/Octogonal, Taguatinga, Vicente Pires, Park Way e Itapoã. Nesta última, uma nova linha foi criada neste mês com 47 viagens por dia, no período das 4h50 à 0h40, de segunda a sexta-feira.
A Semob-DF também instaurou a linha 023.1, que faz o percurso entre o Terminal da Asa Sul (TAS) e o Zoológico, com saídas a cada 30 minutos, entre 8h e 17h30, aos domingos e feriados. A linha é operada nas zebrinhas e permite a integração com todas as linhas que operam no TAS, além do metrô.
As viagens do Zebrinha custam R$ 2,70 ou R$ 3,80, dependendo da linha, e são elegíveis para o processo de integração, permitida aos usuários que utilizam cartões da bilhetagem automática – o Cartão Mobilidade e o Vale-transporte. O primeiro pode ser adquirido nas estações do Metrô-DF e nos diversos postos disponibilizados pelo Banco de Brasília (BRB). Já o segundo é disponibilizado por empresas. Com ambos o passageiro pode fazer até três embarques no mesmo sentido, no período de três horas, e pagar a tarifa máxima de R$ 5,50.
Foto: Lúcio Bernardo Jr./Agência Brasília
Fonte: A partir de informações da Agência Brasília