
Gastos de Bananinha nos EUA serão apurados?

O Tribunal de Contas da União (TCU) sugeriu na semana passada que a Câmara Federal investigue se houve uso indevido de recursos públicos, de forma direta ou indireta, para custear a caríssima estadia de Eduardo Bolsonaro (PL-SP), vulgo Dudu Bananinha, nos EUA. A decisão foi divulgada na sexta-feira (8) e teve como base uma representação do deputado Guilherme Boulos (Psol-SP), que acusou o filhote 03 do ex-presidente de conspirar no exterior contra a soberania nacional, o que, segundo o Código Penal, pode configurar crime com pena de três a oito anos de prisão.
O parecer do TCU apontou que desde a fuga de Eduardo Bolsonaro para os EUA, em fevereiro, ele teve quatro faltas não justificadas em sessões no plenário da Câmara Federal. Não há registro de desconto na remuneração por essas ausências. Apesar da irregularidade, os técnicos concluíram que o caso deve ser analisado pelo próprio parlamento, já que o dano ao erário não alcançou o mínimo de R$ 120 mil, valor usado como referência para abertura de investigações no tribunal.
A conspiração de Dudu Bananinha já é alvo de um inquérito no Supremo Tribunal Federal (STF), que apura a sua atuação contra autoridades brasileiras no exterior. Também já tramitam vários pedidos de prisão do filhote 03 de Jair Bolsonaro por “alta traição à pátria”. Na semana passada, o deputado Lindbergh Farias, líder da bancada do PT, apresentou mais um pedido, acusando-o de ser um “quinta-coluna que trabalha contra o Brasil e que defende os interesses dos EUA”.
“Eu já apresentei nove pedidos contra ele [Eduardo Bolsonaro]. Dois pedidos de prisão. Sabe por quê? Obstrução de justiça, ataque ao Estado Democrático de Direito, coação no curso de processo, atentado contra a soberania nacional. Agora, esse é um novo: crime de alta traição à pátria”, justificou Lindbergh Farias. O cerco a Dudu Bananinha vai aumentando, o que torna bem improvável o seu retorno ao Brasil. Caso volte, a tendência é que seja enjaulado.
- Imagem gerada a partir de IA