(Foto: Divulgação (Cimi))

Mais um crime de Jair Messias

16 de dezembro de 2022, 20:17

Seria o apagar das luzes do pior governo e do pior e mais abjeto presidente da história da República. Mas nesta sexta-feira, 16 de dezembro, Jair Messias tornou a dar mostras de sua determinação irremediável de arrebentar até o fim o país que já está destroçado. Num ato que só se justifica pela soma de sua sanha devastadora, de sua índole radicalmente criminosa e de seu desequilíbrio cada vez mais acentuado, ele assinou uma instrução normativa permitindo que não indígenas explorem madeira em terras indígenas.

Determina, é verdade, que isso poderá acontecer quando os tais brancos – leia-se: bandoleiros e contrabandistas, muitas vezes arregimentados por empresas de porte e peso – integrem 50% de grupos com indígenas.

Ora, em seus quatro anos na presidência Jair Messias viu como bandoleiros incentivados por ele e pelo seu governo, principalmente durante a presença de um perigo chamado Ricardo Salles no cargo de ministro do Meio-Ambiente, manipularam grupos indígenas a troco de dinheiro, bebidas e drogas para participarem de ações criminosas contra seus congêneres.

Nada mais fácil que reunir meia dúzia deles para formar os tais 50% ao lado – e debaixo do domínio – de criminosos.

Essa iniciativa tem data para começar: 14 de janeiro de 2023. Pura provocação, pura mostra da incivilidade do Genocida. Claro está que Lula vai revogar esse crime assim que assumir.  Jair Messias tomou essa decisão para agradar a parte mais reacionária do tal agronegócio, e para animar os madeireiros criminosos que seu governo tanto protegeu.  A medida, porém, é clara e palpavelmente um novo atropelo do que está na Constituição.

Qual será a intenção e o prazer de Jair Messias e dos cúmplices que ele instalou no comando do IBAMA e da FUNAI em adotar semelhante absurdo?

Agradar empresários destroçadores, claro. Mas isso seria pouco para justificar o que ele fez.

Espicaçar Lula e o governo que começa daqui a pouco? Claro que sim. Mas, de novo, é pouco para justificar semelhante atropelo.

Para quem não se lembra, convém recordar um trechinho do hino do Flamengo (não, não, sou torcedor do Fluminense, é apenas uso da expressão): “Uma vez Flamengo, Flamengo até o fim.”

No caso de Jair Messias, aí está: uma vez abjeto, abjeto até o fim. E uma vez criminoso, criminoso até o fim.

E depois ainda deixa escapar que tem medo de ser preso. Que coisa…

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Escrito por:

Eric Nepomuceno é jornalista e escritor

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