Tarcísio, Valdemar e Ciro Nogueira se divertem com o fim de Bolsonaro

9 de outubro de 2025, 13:29

Dá pra ouvir as gargalhadas. Tarcísio de Freitas, Ciro Nogueira e Valdemar Costa Neto comendo pastel e tomando Coca-Cola de dois litros no bico e rindo das reações à declaração de Ciro de que a família Bolsonaro está morta.

O dono do PP ajudou a matar, por alta rejeição, Bolsonaro, os filhos e Michelle em entrevista que deu essa semana sobre os cenários para 2026. Morreram por causa do sobrenome, diz Ciro Nogueira.

Ciro pode ser mais sincero do que Tarcísio e dizer o que diz. Assim como Valdemar já havia dito que o golpe tinha sido planejado e só não aconteceu por incompetência dos golpistas. 

Os homens do PL e do PP vão fazendo o trabalho que outros, por recato, não fariam. Valdemar aponta o dedo para Bolsonaro como golpista fracassado e Ciro dá sequência às crueldades e avisa que todos da família, e não só Jair, devem ser descartados. 

O sobrenome ficou maldito. É o que Ciro alerta. Não há direita antiga que salve os Bolsonaros. Valdemar e Ciro Nogueira avisam Globo, Folha, Estadão e os institutos de pesquisa para que parem de se agarrar a Bolsonaro para provocar Lula. Ele não respira mais.

Michelle foi contagiada. É o que Valdemar, Ciro e Tarcísio sabiam muito antes da última pesquisa Quaest. Ninguém do centrão quer saber de ninguém da família.

O índice de rejeição de Eduardo é de 68%. O de Michelle chegou a 61%. Bolsonaro tem 63%. Não há quem possa se candidatar a nada com tanta rejeição. 

Valdemar, Ciro e Tarcísio dão gargalhadas, arrotam e borrifam Coca-Cola pelo nariz festejando uma situação irreversível. Os Bolsonaros estão definitivamente fora do jogo.

Até Valdemar sabe que hoje um candidato de direita não precisa ter o apoio declarado de Bolsonaro, como precisava até meses atrás. A bênção é apenas uma formalidade para acalmar a base raiz. 

Mas Bolsonaro não quer Ciro de vice de Tarcísio. E Ciro retruca e avisa Bolsonaro que Michelle não emplaca. Que a direita não quer Michelle de vice, por causa do sobrenome.

Gilberto Kassab, que bebe quieto, uma hora terá de ser chamado para a turma da Coca-Cola, mesmo que fique tomando Pepsi na mesa do Caiado. 

  • Imagem gerada em IA.

Escrito por:

Moisés Mendes é jornalista de Porto Alegre e escreve no blogdomoisesmendes. É autor de ‘Todos querem ser Mujica’ (Editora Diadorim). Foi editor de economia, editor especial e colunista de Zero Hora.

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