Alckmin e Lula (Foto: Ricardo Stuckert)

Jantar de adesão teve Lula como prato principal

27 de junho de 2022, 11:55

Como já havia sido anunciado, o bairro do Itaim foi o endereço para o jantar promovido ontem pela coordenação da campanha do PT, para arrecadar fundos nesta pré-campanha, época em que os partidos ainda não podem dispor dos recursos do fundo eleitoral. 

Errou quem divulgou que houve venda de convites. Foi quem quis e doou quem desejou fazê-lo. Houve até doadores que não compareceram. O grupo, de 150 pessoas, foi composto basicamente de advogados e alguns poucos jornalistas, como o editor Florestan Fernandes, do 247. O jantar deu direito a um cardápio que incluiu carne, peixe ou massa, e Lula, evidentemente.

Lula foi o único que discursou, ao lado de um Geraldo Alckmin simpático, mas que deixou o discurso para o candidato. Ambos estavam acompanhados de Fernando Haddad, que lidera a corrida pelo governo de São Paulo. Em sua fala de agradecimento às doações, Lula deixou claro que Alckmin “não vai governar, mas cuidar do país”, com ele. 

O jantar de Lula teve também uma homenagem à cineasta Maria Augusta Ramos, a Guta, pelo seu filme: “Amigo Secreto”, (em cartaz nos cinemas), em que sua câmera acompanha e registra a atividade dos repórteres que dissecam e põem a nu as manobras da Lava Jato. Guta costura com um texto sensível e arguto as cenas colhidas. No lançamento, no Rio, no dia 14, a plateia gargalhava do absurdo diálogo travado entre Lula e Sérgio Moro. Ao exibir as cenas no telão, a diretora mostrou o despreparo do ex-juiz. É disso que o público ri. Guta recebeu orquídeas, entregues pela advogada Gabriela Araújo e agradecimento pelo trabalho.

Estiveram presentes o governador do Piauí, Wellington Dias, o ex-presidente do partido e um dos coordenadores da campanha, Rui Falcão, o ex-ministro Aloizio Mercadante, os advogados Pedro Serrano, Gisele Citadino e Marco Aurélio Carvalho, do grupo Prerrogativas, e o professor de direito da USP, Heleno Torres. Também compareceram o deputado estadual Emídio de Souza (PT-SP) e o ex-ministro do presidente João Goulart, Almino Afonso, de 94 anos, um dos fundadores do PDT. 

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Escrito por:

Jornalista. Passou pelos principais veículos, tais como: O Globo; Jornal do Brasil; Veja; Isto É e o Dia. Ex-assessora-pesquisadora da Comissão Nacional da Verdade e CEV-Rio, autora de "Propaganda e cinema a serviço do golpe - 1962/1964" e "Imaculada", membro do Jornalistas pela Democracia

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