A lógica de classes na disputa eleitoral

12 de outubro de 2022, 15:54

Por que os pobres amam Lula e os ricos têm medo dele?

Porque Lula enxerga e trata os pobres como gente, como pessoas que merecem o mesmo respeito e a mesma atenção que os demais brasileiros riquíssimos, ricos, menos ricos, e todos os tons de classe média.

Lula vê a todos como iguais.

Pensa em todos.

Cuida de todos.

Mas isso deixa os ricos infelizes. Todos os tons de ricos e alguns tons de classe média, que se identificam apenas com os ricos.

Por que os ricos se sentem infelizes quando os pobres estão melhores?

Porque, na lógica dos ricos, os pobres existem para servi-los. Apenas para isso. Como se eles fossem de uma nobreza soberana, com a plebe (os pobres) se ajoelhando a todos os seus caprichos.

Não acredito que seja por maldade. É uma cultura. Nasceram, foram ensinados, aprenderam e se acostumaram a agir assim, a pensar assim.

Os ricos se julgam superiores. Mas se julgam mesmo. Como se tivessem sido ungidos pelos céus, os deuses. 

Se acham melhores porque têm mais cultura, mais saber, são mais viajados e mais elegantes. Mesmo que eles não sejam nada disso. Mas acham que são. 

Os ex-ricos, que não mais têm dinheiro, prosseguem se sentindo superiores, apegados a uma abstrata “tradição”. Que só vale a deles. Se o pobre é filho, neto, bisneto, tataraneto de uma linhagem de camelôs, essa tradição não vale. Só vale a dos que foram ricos no passado. Vá entender!

Quanto aos novos ricos, sua primeira providência é esquecerem a dureza do passado e incorporar como deles a persona dos ricos, para se sentirem totalmente integrados ao mundo de luxo e riqueza. Para ser um “deles”.

Tudo isso para lhes dizer que a Guerra que estamos vivendo não é de bolsonaristas x petistas. É a LUTA DE CLASSES. 

Unidos venceremos!

Escrito por:

Formação acadêmica: Conservatório Nacional de Teatro 1967-1969, Rio de Janeiro
Jornalista, atriz e diretora do Instituto Zuzu Angel/Casa Zuzu Angel - Museu da Moda. Manteve colunas diárias e semanais, de conteúdos variados (sociedade, comportamento, cultura, política), nos jornais Zero Hora (Porto Alegre), O Globo, Última Hora e Jornal do Brasil (Rio de Janeiro), onde também editou o Caderno H, semanal.
Programas de entrevistas nas TVs Educativa e Globo.
Programas nas rádios Carioca e Paradiso.
Colaborações e/ou colunas nas revistas Amiga, Cartaz, Vogue, Manchete, Status, entre outras publicações).
Atriz de Teatro, televisão e cinema, de 1965 a 1976
Curadoria de Exposições de Moda: Museu Nacional de Belas Artes, Museu Histórico Nacional, Itau Cultural, Paco Imperial, Casa Julieta de Serpa, Palacio do Itamaraty (Brasilia), Solar do sungai (Salvador).
Curadoria do I Salao do Leitor, Niterói

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