Manifestantes protestam no campus da Universidade Columbia, na cidade de Nova York (Foto: Reuters/Caitlin Ochs)

As novas cabeças do Monte Rushmore

25 de abril de 2024, 16:10

Inspirados no acampamento armado na Universidade de Columbia, NY, em protestos contra o genocidio em Gaza, já são milhares de estudantes em toda a América, em dezenas de campi, protestando contra o governo sionista de Israel. Professores e funcionários das instituições aderem ao clamor dos jovens. A onda já chegou até a França, onde a SciencePo, de Paris, também está acampada pro-palestinos.

As direções de escolas estadunidenses, que se vangloriavam de seus valores democráticos, contradizem-se, e abrem os portões para a polícia, chamada por elas, espancar estudantes e jornalistas, prendendo várias centenas deles. A revolta contra tais ações faz crescer o bolo da indignação. As redes sociais compartilham registros antigos de presidentes de universidades, discursando pela total liberdade de opinião no campus, e fazendo o contrário: reprimindo. Até do governador do Texas há vídeo, de 2019, em que ele se orgulha de assinar uma lei, proibindo a entrada de polícia nas escolas, mas agora está permitindo.

A Constituição americana parece estar submetida ao Estado de Israel, e não aos valores do povo americano. Os sionistas estão conseguindo satanizar Israel, o judaísmo, e agora também os históricos princípios democráticos de que o povo norte-americano tanto se orgulhava. O lobby de Israel é mais poderoso do que George Washington, Benjamin Franklin e Alexander Hamilton, os redatores da carta magna. Nessa toada, talvez um dia vejamos dinamitarem, do Monte Rushmore, as cabeças de Washington, Thomaz Jefferson, Theodore Roosevelt e Abraham Lincoln, e no lugar esculpirem as fisionomias de Ben Gurion, Golda Meir, Haim Weizmann e o Bibi Netanyahu, como os inspiradores dos valores de uma nova “América” emergente.

Escrito por:

Formação acadêmica: Conservatório Nacional de Teatro 1967-1969, Rio de Janeiro
Jornalista, atriz e diretora do Instituto Zuzu Angel/Casa Zuzu Angel - Museu da Moda. Manteve colunas diárias e semanais, de conteúdos variados (sociedade, comportamento, cultura, política), nos jornais Zero Hora (Porto Alegre), O Globo, Última Hora e Jornal do Brasil (Rio de Janeiro), onde também editou o Caderno H, semanal.
Programas de entrevistas nas TVs Educativa e Globo.
Programas nas rádios Carioca e Paradiso.
Colaborações e/ou colunas nas revistas Amiga, Cartaz, Vogue, Manchete, Status, entre outras publicações).
Atriz de Teatro, televisão e cinema, de 1965 a 1976
Curadoria de Exposições de Moda: Museu Nacional de Belas Artes, Museu Histórico Nacional, Itau Cultural, Paco Imperial, Casa Julieta de Serpa, Palacio do Itamaraty (Brasilia), Solar do sungai (Salvador).
Curadoria do I Salao do Leitor, Niterói

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