Presidente Luiz Inácio Lula da Silva assina decretos (Foto: Reprodução/TV Brasil)

Tanta coisa feita em um só dia. E a grande mídia só quer saber do tal mercado

3 de janeiro de 2023, 16:49

O presidente Lula sobe a rampa do Planalto nos braços de sete representantes do povo brasileiro. Entre eles, o Cacique Raoni e uma catadora de lixo que passa a ele a faixa presidencial – afinal, quem precisaria de um ditador mal sucedido para fazer isto?

Dentro do palácio, 21 chefes de governo visitantes estabelecem um recorde da História das posses presidenciais brasileiras. Brindam um Brasil que, agora, está de volta ao cenário do mundo, com relevância e com dignidade.

Em poucas horas, Lula daria posse a ao seu ministério, que conta com 11 mulheres, incluindo negras e indígena, como nunca ocorreu na História do País. Em número e em diversidade.

Antes, Lula assinará necessários revogaços de vários desmandos perpetrados pelo agora ex-presidente frouxo e fujão. É o fim, por exemplo, de criminosos sigilos de 100 anos, de nomeações de última hora no Itamaraty e, o grande ato, da farra das armas de fogo, com o que o presidente “finado” pretendia dar o seu golpe e fazer a sua guerra civil.

Mais: o ministro da Justiça Flávio Dino toma para o Estado, como “ponto de honra”, a responsabilidade pela resposta à pergunta que o Brasil se faz e que não cala: “Quem mandou matar Marielle Franco e Anderson Gomes?”.

E mais: a ministra Margareth Menezes comemora a recriação da pasta da Cultura e pede, emocionada, para que nunca este ministério nunca mais se acabe, como tentaram fazer os “ministros” bolsonaristas, aculturados e inimigos (e inimigas) do bom senso.

Ah, tem muito mais! Um jurista negro assume os Direitos Humanos e anuncia a volta dos conselhos populares fulminados pelo desgoverno anterior. Professor, advogado, jurista e filósofo, Silvio Almeida, criador do termo definitivo “racismo estrutural”, entra pra História.

Vamos mais, que tem: representativa, garbosa e imponente com o seu chocalho ancestral, a ministra e doce guerreira Sonia Guajajara comanda com seus pares a retomada de uma Funai destroçada pelo nazismo e agora renomeada apropriadamente para Fundação Nacional dos Povos Originários, como também se chama o seu ministério, algo inédito no mundo inteiro.

Mais!!! Planeta afora, a luta pela Vida repercute e aplaude a presença de Marina Silva no ministério do Meio Ambiente. Enquanto assume a Saúde uma mulher como Nise Trindade, que combateu de sua Fiocruz o caos assassino que foi a política bolsonarista durante a pandemia.

Isto é o Governo Lula, apenas 24 horas depois do Dia da Posse.

Nada disso, no entanto, convence a grande (grande?) mídia que prefere focar no beicinho dengoso do tal mercado, alardear subconteúdos como a oscilação da bolsa e trombetear a reação nervosa do dólar. Até briga entre Fernando Haddad e dirigentes do PT já inventaram.

Lula está de volta. Para o Brasil voltar a ser um país de gente feliz. E não adianta nada o pantim. 

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Escrito por:

Jornalista e compositor, com passagem por veículos como o Jornal do Commercio (PE) e as sucursais de O Globo, Jornal do Brasil e Abril/Veja. Teve colunas no JC, onde foi editor de Política e Informática, além de Gerente Executivo do portal do Sistema JC. Foi comentarista político da TV Globo NE e correspondente da Rádio suíça Internacional no Recife. Pelo JC, ganhou 3 Prêmios Esso. Como publicitário e assessor, atuou em diversas campanhas políticas, desde 1982. Foi secretário municipal de Comunicação. Como escritor tem dois livros publicados: "Bodas de Frevo", com a trajetória do grupo musical Quinteto Violado; e "Onde Está Meu Filho?", em coautoria, com a saga da família de Fernando Santa Cruz, preso e desaparecido político desde 1973. Como compositor tem dois CDs autorais e possui gravações em outros 27 CDs, além de um acervo de mais de 360 canções com mais de 40 músicos parceiros.

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